domingo, 6 de novembro de 2011

Desconhecido

Você que veio a esse mundo
Destinado a me encontrar
Não se apresse, nem se preocupe
Eu sei esperar.
Prove de todos os copos,
Sirva-se de todas as mesas,
Beije todas as bocas,
Desnude todos os corpos,
Sorva do néctar de cada seio,
Conheça cada fenda.
Viaje rumo ao desconhecido,
Navegue, mesmo contra a tormenta.
Saboreie cada momento.
Voe de encontro à lua,
Desfrute de toda beleza.
Se entregue sem barreiras,
Dance a sinfonia do amor
Sinta cada nota,
Descubra cada tom,
Não se furte a nada,
Nem mesmo à dor.
E quando você se cansar
(a gente sempre cansa)
Na busca da fechadura
Que se ajusta às suas chaves,
Não se inquiete, acalme-se,
Apenas remova todos os entraves,
Pois terá chegado o momento, então,
Que Deus para nós reservou
E nossos caminhos se cruzarão.
Mesmo assim, não tenha pressa,
Respire fundo, sinta seu ser
Invadido de plena felicidade.
Aí irei a seu encontro,
Nem que seja na eternidade.

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