sábado, 28 de dezembro de 2013

João Carreiro e Capataz - Prefácio - Clipe Oficial


Essa é a minha cara kkkkkk

Todo Azul do Mar

Foi assim, como ver o mar
A primeira vez que os meus olhos se viram no seu olhar
Não tive a intenção de me apaixonar
Mera distração e já era momento de se gostar

Quando eu dei por mim nem tentei fugir
Do visgo que me prendeu dentro do seu olhar
Quando eu mergulhei no azul do mar
Sabia que era amor e vinha pra ficar

Daria prá pintar todo azul do céu
Dava prá encher o universo da vida que eu quis prá mim

Tudo que eu fiz foi me confessar
Escravo do teu amor, livre para amar
Quando eu mergulhei fundo nesse olhar
Fui dono do mar azul, de todo azul do mar

Foi assim, como ver o mar
Foi a primeira vez que eu vi o mar
Onda azul, todo azul do mar
Daria pra beber todo azul do mar
Foi quando eu mergulhei no azul do mar

Foi assim, como ver o mar
A primeira vez que os meus olhos se viram no seu olhar
Não tive a intenção de me apaixonar
Mera distração e já era momento de se gostar

Quando eu dei por mim nem tentei fugir
Do visgo que me prendeu dentro do seu olhar
Quando eu mergulhei no azul do mar
Sabia que era amor e vinha pra ficar

Daria prá pintar todo azul do céu
Dava prá encher o universo da vida que eu quis prá mim

Tudo que eu fiz foi me confessar
Escravo do teu amor, livre para amar
Quando eu mergulhei fundo nesse olhar
Fui dono do mar azul, de todo azul do mar

Foi assim, como ver o mar
Foi a primeira vez que eu vi o mar
Onda azul, todo azul do mar
Daria pra beber todo azul do mar
Foi quando eu mergulhei no azul do mar

Marcely Pieroni Gastaldi

Eu fiz algumas escolhas. Decidi que era hora de viver o que eu sempre tive vontade. Deixei de lado os preconceitos que alimentava e decidi andar sozinha. Não queria nomear, não queria justificar, eu só queria construir um caminho que fosse seguro. Sentir a brisa leve daquela noite de domingo me deu coragem de fazer a minha vida andar. Eu precisava. Havia tempo que ficava sentada acompanhando nos bastidores a vida se ajeitando entre um sonho realizado e um medo superado. Mas ainda sentia que faltava alguma coisa. Eu sempre vivi em função das minhas expectativas, na verdade, eu sempre enlouqueci para dar conta de tudo o que esperavam de mim. Não sei, frustrar quem está por perto nunca me pareceu bonito e nessa dança desgovernada, eu frustrei a mim mesma. Silencie as loucuras, deixei de lado as vontades de menina e me joguei pro mundo como mandava o figurino.
Fiquei cansada de fazer cara de paisagem, de embarcar em viagens vazias sem propósito algum. Eu cansei de superfície, cansei desse comodismo de não conhecer e só julgar. Por isso, me libertei de culpas, medos, fantasmas e anseios. Eu deixei a vida me levar. Pela primeira vez em muito tempo eu dei voz ao meu coração. Deixei de lado a razão, parei de calcular tudo. Não nego, alguns tombos me devastaram, outros me fizeram sentir mais forte. Alguns me fizeram reviver o mundo de sonhos que permiti adormecer. E foi assim, que descobri que escolhi o melhor caminho: o do permitir-se. Sem receitas prontas, fórmulas milagrosas e cura imediata. Eu me remediei na proporção exata de cada passo que dei. E que saber? Andar sozinha por aí, enfrentando os meus obstáculos tão criados e estruturados me fizeram sentir forte e capaz outra vez.


sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Charles Bukowski.

Amar não é só beijar e abraçar. É saber parar uma briga porque sabe que não vale a pena. É saber que nem sempre estará tudo bem. E acima de tudo saber que um te amo fortalece a relação, mesmo depois de brigar. Pelo simples fato de não desistirem mesmo passando por momentos difíceis

Né rs

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Rubem Alves

Minha alma é um bolso onde guardo minhas memórias vivas. Memórias vivas são aquelas que continuam presentes no corpo. Uma vez lembradas, o corpo ri, chora, comove-se, dança.

Eu querooooooooo

Clarice Lispector

Antes de julgar a minha vida ou o meu carácter, calce os meus sapatos e percorra o caminho que eu percorri, viva as minhas tristezas, as minhas dúvidas e as minhas alegrias. Percorra os anos que eu percorri, tropece onde eu tropecei e levante-se assim como eu fiz. E então, só aí poderás julgar. Cada um tem a sua própria história. Não compare a sua vida com a dos outros. Você não sabe como foi o caminho que eles tiveram que trilhar.

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Chico Xavier

Você nasceu no lar que precisava nascer, vestiu o corpo físico que merecia, mora onde melhor Deus te proporcionou, de acordo com o teu adiantamento.
Você possui os recursos financeiros coerentes com tuas necessidades... nem mais, nem menos, mas o justo para as tuas lutas terrenas.
Seu ambiente de trabalho é o que você elegeu espontaneamente para a sua realização.
Teus parentes e amigos são as almas que você mesmo atraiu, com tua própria afinidade.
Portanto, teu destino está constantemente sob teu controle.
Você escolhe, recolhe, elege, atrai, busca, expulsa, modifica tudo aquilo que te rodeia a existência.
Teus pensamentos e vontades são a chave de teus atos e atitudes. São as fontes de atração e repulsão na jornada da tua vivência.
Não reclame, nem se faça de vítima.
Antes de tudo, analisa e observa.
A mudança está em tuas mãos.
Reprograma tua meta, busca o bem e você viverá melhor.
Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim.

:)*

Fui abençoada com um coração meiguíssimo
e em contrapartida com um pavio bem curto.
Exatamente igual a um vidro: se me jogar no chão,
eu quebro... mas se me pisar, te corto.
Então pense 2 vezes antes de fazer algo a mim .

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

de pessoas assim quero distancia

Como pode existir tantas pessoas más.
Não entendo e ainda me surpreendo com certas atitudes .
Pessoas q não pensam duas vezes antes de sair julgando/magoando as outras.
Gente assim da pena .
Agora tenho q parar d me importar com oq dizem , eu sabendo quem sou ja basta.
Sei q perfeita não sou , mas tbm não sou esses absurdos q inventam :( .
Desejo a essas pessoas q sejam felizes , pq gente feliz não enche o saco
By Julli

Feliz Natal e Ano Novo!

Que este Natal e Ano Novo sejam mais do que confraternizações porque todos os momentos, em especial este novo ano, deverão ser iluminados, abençoados e que os 365 dias, sejam vividos na sua totalidade. Já que Natal significa: renascer. Paz, conquista, compreensão, reflexão, prosperidade.
Beijos em todos os amigos e um em especial a vc , tendeu ? rs

domingo, 22 de dezembro de 2013

A VIDA É AGORA ---- ECKHART TOLLE


Voz Da Verdade --- Pra Quê ( PERFEITA )


:(

Mas não te procuro mais, nem corro atrás. Deixo-te livre para sentir minha falta, se é que faço falta… Tens meu número, na verdade, meu coração, então se sentir vontade de falar comigo ou me ver, me procura você.

Meu lugar - Onze:20


:)

Fica a dica ..

..

Às vezes é preciso dormir, dormir muito. Não pra fugir, mas pra descansar a alma dos sentimentos.

sábado, 21 de dezembro de 2013

Whitesnake -- Is This Love Tradução


Woman In Chains -- Tears For Fears


Miguel Falabella

Parece absurdo que alguém possa sofrer num dia de céu azul, na beira do mar, numa festa, num bar. Parece exagero dizer que alguém que leve uma pancada na cabeça sofrerá menos do que alguém que for demitido. Onde está o hematoma causado pelo desemprego, onde está a cicatriz da fome, onde está o gesso imobilizando a dor de um preconceito? Custamos a respeitar as dores invisíveis, para as quais não existem prontos-socorros. Não adianta assoprar que não passa. Tenho um respeito tremendo por quem sofre em silêncio, principalmente pelos que sofrem por amor

Eu deveria praticar mais isso

Promessas de segunda feira

Prometo não te ligar
Não escutar aquela música
Não olhar aquela foto
Que eu roubei de você.
Prometo nem mais te amar.

Segunda - feira eu começo
Rsrs como sempre deixamos td para segunda feira ,
pq para deixar de amar seria diferente?
Então q chegue logo Segunda.
Mas quem disse q vai ser nessa q irei esquecer? heim
rs

:)

É mais um ano se acabando e ae foi bom pra vc ?
Entre dias tristes e felizes ' cá ' estamos nós.
Espero ser uma pessoa melhor nesse ano q vai se iniciar.
Uma boa filha/mãe/irmã/amiga.
Que eu tenha por perto pessoas q realmente gostam d mim.
Essas pessoas q aguentam minha teimosia , meus dias difíceis.
Mas tbm podem ter certeza q eu vou continuar sendo aquela pessoa
q pode contar pra td.
( não sou boa com as palavras hehe ).
Mas é isso ai , a tds um bj no coração.
By Julli
<3

E que seja assim sempre...

As coisas que ela não diz ---- Daniel Bovolento

Ela não diz e se afoga na saliva embaralhada de letrinhas que desce pela garganta. Ela não diz e tem azia porque o estômago queima com cada frase que gostaria de ter cuspido (em você) pra evitar a acidez. Ela não diz e você continua caminhando ao lado dela, como se o mundo fosse perfeito e como se ela não se destruísse por dentro, não se abalasse com as formas erradas com que as coisas vão indo e escondesse tudo num resumo mal feito e mal simbolizado quando diz que tá tudo bem.

Ela não fala pra você, mas ela sente. E não sabe que tem culpa das coisas continuarem as mesmas justamente porque não diz e não diz porque tem medo de mudar demais as coisas. Paradoxo indesejado. Não foi o que pediu no menu de entrada. Dá o jeito e limpa o que quase escapa da boca dela com o guardanapo. Se entope de alguma bebida ou d’alguma desculpa pra não deixar sair de novo. Você nem desconfia e talvez seja disso que ela esteja morrendo internamente: da sua falta de desconfiança dos sinais dela. Da falta de percepção milimétrica de quem confessa com as olheiras que tem chorado, de quem repuxa os lábios num sorriso mecânico como quem diz que é fachada, mas você não acha que. Ela vai bem, obrigada, mas não vai coisíssima nenhuma. Ela fica e vai ficando chateada, magoada, doída por dentro, ainda que você a chame de doida. Pelos surtos psicóticos do nada – só é do nada pra você. Pra ela a coisa tem história, registro e motivos suficientes pra dar voz ao silêncio. Mas ela não fala.

Ela não grita e não olha mais nos seus olhos pra segurar o forte desejo de despejo esganiçado que arranha as cordas e arranha o peito e arranha esse amor bonito que vocês poderiam ter caso ela dissesse. Vive num futuro-mais-que-perfeito-que-nunca-vem sentindo a sua ausência prazerosamente presente que desdenha dela porque não sabe. Você não sabe e ela não diz. Não te conta das coisas que ela escreve sobre você num velho moleskine-diário-agenda-papel-de-pão onde faz de conta que as coisas acontecem e lá ela diz, te diz, me diz, grita e não se esganiça berrando que. Tão evidente que nem precisaria rabiscar indireta, desejar boa noite repetidas vezes a você sem letra ou melodia do Skank cantando em neon que a sorte te sorri e você não sorri de volta e vê que ela te. Não te diz e eu aposto, aposto contigo hoje ou amanhã, aposto que um dia ela ainda decreta a própria alforria e põe a boca no trombone-alto-falante-teu-ouvido e cochicha baixinho todas as coisas que ela não diz e que você nunca quis ver.
Ou talvez ela se cale pra sempre e cultive o silêncio. Firme, forte e piedosamente bela num suplício sentimental que ecoa pelo restaurante, pelos jantares que tem com você, pelo mesmo pedido de sempre no cardápio em que nunca intervém na sua escolha. E convenha ao silêncio calmo e educadamente bonito como convém à etiqueta (motivada por tudo o que tinha a dizer e não lhe disse).

Meu medo de você -- Daniel Bovolent

Tô com aquele medo, aquela coisa que martela me dizendo pra não cair nessa de novo. Tem alguma coisa aqui dentro piscando, um alerta de que você vai me fazer sentir algo além do frio na barriga e eu te chamo de montanha-russa sem você saber. Se você pudesse ler os meus pensamentos enquanto vira à esquerda, perceberia que o meu sinal ficou fechado por tanto tempo que é difícil deixar o vermelho dar lugar ao verde. Se você pudesse me ler agora, diria que eu tô congelando (mesmo com sol e calor lá fora).

Tô com aquela sensação de barco sem remos, sabe? Sabe tanto que ontem me falou que era pra eu confiar em você e nessas coisas todas que você fala, mesmo que nenhuma delas fosse bonita. Você também falou isso na semana passada e uns meses atrás quando eu te vi pela primeira vez. Como você me pede pra confiar em olhos de caçador se eu tô acostumada a esboçar olheiras no papel? Meu uso do carvão vai além do uso artístico e eu me pintO com ele, pinto as bochechas, sou prenúncio da guerra. Bochechas pintadas e escondo o rubOr, duas faixas em cada lado e tô prOnta. Tô pronta pra me defender e lutar contigo até me dar por vencida.

Travo uma batalha completamente sem sentido porque o inimigo não é você. O combate tinha que ser aqui dentro, com mil soldados mortos por minuto e sem decisão, já que eu mudo de ideia de dois em dois minutos. Se me deixo vencer e você dá xeque-mate, que garantia eu vou ter de que esse sentimento todo declamado não passava de estratégia? Se eu me empurro mais pra dentro, cavo uma trincheira e me escondo até você passar, talvez eu perca você pra sempre. Pra sempre assusta e badala doze vezes na minha cabeça antes do trem passar na frente da gente. Por que toda vez que você freia, você me olha? Eu não quero te devorar. Antes quisesse, pOrque assim eu me defendo sem precisar me entender.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Antonio Augusto

Desistindo de dormir ligou a TV. O canal de filmes apresentava Pontes de Madison.
A história de Francesca e Robert, cujo encontro inesperado e uma semana especial juntos, a obrigaram a escolher a vida tão previsível que tinha, ao invés do amor que a despertou.
A vida é sobre opções e perdas, pensou ele e começou a relembrar.
A primeira vez que a viu foi na garagem do prédio que trabalhavam. Trocaram olhares e o sorriso dela deixou nele uma sensação de alegria que permaneceu. Novas coincidências ocorreram, seguidas de gestos, do desejo de falar, de saber mais sobre o outro. Os impulsos eram contidos pelo fato de ambos serem casados, terem filhos, casamentos estáveis mas sem solução.
Aos encontros na garagem se seguiram almoços e muitas conversas. Tornaram-se amigos e confidentes. Criaram uma intimidade profunda e falavam de tudo. Tinham um interesse mútuo que fazia de cada encontro uma celebração.
Gostavam da companhia que se faziam e quanto mais se conheciam, mais próximos se tornavam e mais inseparáveis. Os fins de semana eram longos demais e as segundas feiras celebradas com os primeiros raios da manhã.
Enganaram-se por um período, que aquela amizade profunda era uma forma de amor que não podia ser condenada, nem era pecado.

Uma viagem a trabalho para o mesmo destino os colocou onde sempre sonharam: um lugar estranho, onde eram desconhecidos e podiam se aproximar mais, andar de mãos dadas e ser naturalmente o que eram, um homem e uma mulher que se amavam intensa e perdidamente.
A primeira noite juntos foi sublime e especial. Amor e afeto se fundiram multiplicando o prazer. Ele passou muito tempo simplesmente tocando o corpo dela, parando em cada cantinho e feliz, descobria o impacto de cada toque, a medida que ela se abria e se entregava. O ato foi de um simbolismo grande, ele entrou em suas pernas que o receberam como se nunca fosse deixá-lo partir. Emoção e desejo eram indistinguíveis, fizeram amor como se a noite fosse interminável e pela última vez.
Tomaram o café da manhã no quarto onde permaneceram até o entardecer, compromissos cancelados, vida parada se submetendo ao que realmente importava.
Aquele dia os havia modificado para sempre, eles sentiam e sabiam. Seria quase impossível abrir mão de tudo que viveram.
Voltaram aos seus lares pensando no que fazer. Começaram a falar sobre terminar os casamentos insolúveis e a viver o encontro que sempre sonharam. Por mais que quisessem sabiam que não seria fácil desfazer a vida familiar e os danos que viriam.
Oito meses depois ele tomou a iniciativa. Separou-se e esperou por ela. Os meses foram passando lentamente, mas ela não conseguia tomar a decisão.

Ele percebia sua angustia pela incapacidade de fazer o que ele já havia posto em prática. Tudo parecia tão próximo mas inalcançável.
Entao, pior do que esperar era ver o sofrimento dela, a perda de peso, os traços que apareciam no seu rosto e o sorriso que deixava de existir.
Ele resistiu o quanto pode, mas sabia que ela não conseguiria desfazer-se dos vínculos. Aquela situação era a prova definitiva para aquele amor que a vida o havia presenteado. Amá-la de verdade significava deixá-la partir, deixá-la viver aquela escolha e a perda inevitável.
Assim, ele fez o que precisava ser feito. Mudou de cidade.
Passou muito tempo de luto, sofrendo com as lembranças e imaginando como poderiam estar vivendo aquele amor.
Sete anos depois ela ligou e disse que precisavam conversar. A voz parecia fraca e trêmula. Se encontraram e ela explicou que seria mais uma despedida, agora a definitiva. Estava doente sem saber ao certo quanto lhe restava de vida, que pensou nele todos os dias desde que se separaram e sentia muito não ter tido a coragem de seguir seu coração.
Foi impossível conter o choro. Ainda se amavam, e por certo ele nunca a esqueceria. Ela disse que tê-lo amado fez a vida valer a pena.
Ele acompanhou tudo a distância nos meses seguintes, inclusive a cerimônia final, se despedindo da mulher que tanto amava.

CARTA DE UM EXCEPCIONAL (emocionante)--- (Psicografado pelo médium N. Moraes em 22/08/89)

Num raro momento de felicidade retomei a consciência e por alguns instantes, libertei-me do corpo. Livre dos embaraços físicos, pedi a Deus a oportunidade de comunicar-me com você. Sei o quanto sofres ao ver-me no corpo excepcional onde me abrigo como filho do teu coração, por isso, quis falar-te. Saiba, mãezinha querida, antes de receber-me carinhosamente em teu ventre eu era apenas um náufrago nos mares espirituais do sofrimento, você foi a praia que me acolheu, devolvendo-me a segurança. O que mais importa para mim é viver, o teu amor é a força que pode prolongar-me a vida. O corpo disforme, que hoje sustenta-me a vida, representa para mim um tesouro de bênçãos onde reeduco o meu espírito aprendendo a valorizar a vida que tantas vezes desprezei. Sei que sofres por eu não poder dar-lhe as alegrias de uma criança sadia, porém reconforta-me saber que para as mães como você Deus reserva as alegrias Celestiais. Ser mãe é missão natural das mulheres. Ser mãe de alguém como eu é missão que Deus só entrega a mulheres especiais como você. Vou retornar ao corpo, assim como uma ave que retorna ao ninho onde se abriga das tempestades, mas antes rogo a Deus que te abençoe, colocando nesta rogativa a forma de gratidão de um filho que teve a felicidade de ter um anjo como MÃE

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Minha ressaca de você ------- Karine Rosa

Eu andei bêbada de você. Agora, o meu porre é pela sua falta. É pelas ligações que você não faz, pelas mensagens que não responde, pela reconciliação que não está disposto a ter. O meu porre é pelo carinha de xadrez no canto esquerdo do salão que não para de me olhar. E pela vontade que eu continuo tendo de que você resolva não me esquecer, enquanto olho no celular pela milésima vez na noite. Minhas amigas insistem que eu já bebi demais por hoje. Mas tento dizer para elas que as dores de cabeça, as olheiras e o enjoo da vida não têm nada a ver com o álcool: tudo isso foi o seu adeus que rendeu.
Alguém derruba tequila na minha blusa preferida, alguém pisa no meu pé e alguém me empurra no meio da música da Anitta. Depois, alguém simplesmente rouba o copo da minha mão e me beija. Não é você. Mas, enquanto você se mantém longe, eu deixo que ele invada a minha boca. E deixo que passeie com as mãos por lugares do meu corpo que você jurava, até ontem, que eram seus. É uma forma inconsciente de dizer: olha só, tão me roubando de você.
Enquanto me roubam do nosso passado, porém, é da sua sala que eu me lembro. Debaixo daquela almofada verde que fica no seu sofá, tem uma marca de cigarro que eu deixei nos nossos primeiros meses juntos. Qualquer dia, você bate o olho na mancha e se lembra de mim. Aquele creme que eu costumava passar nas suas costas quando te fazia massagem está na segunda prateleira do seu banheiro. E a comida no armário da cozinha fui eu que comprei. Deixei minha marca pela sua casa inteira, para você esbarrar comigo em cada hora do seu dia.

Eu vou esbarrando com você por aqui. Quando sinto meus pés doendo pelo salto que desacostumei a usar, lembro que nós dois não costumávamos sair. Eu ficava feliz em vestir sua camisa e passear descalça por seu apartamento de três cômodos, enquanto você tentava compor mais uma música que não iria para as paradas de sucesso. Eu era completamente louca pela sua voz, pelos seus acordes e pelos seus silêncios. Eu era completamente louca por você também. (E, boba que era, achei que era recíproco).
Cansada de lembrar de você, e com álcool e memórias demais no meu sangue, eu entro em um táxi qualquer e vou embora. Você ainda não se lembrou de mim. Ou é o que quer fingir, porque eu também já soube que você andou perguntando como eu ando para os nossos amigos em comum. Eu, por outro lado, lembrei como eu andava quando estava ao seu lado. Uma menina acuada pelos seus gritos, calada pelos seus ciúmes excessivos, diminuída pelas suas opiniões autoritárias. Todos os seus erros já passaram pela minha cabeça, e eu já me arrependi de você.
Eu chego em casa, me jogo na cama do jeito que estou e decido: acabou. Esse é o último porre que tomo de você e por você.

Daniel Bovolento --- Fácil de Mais

Hoje me deu uma vontade de sussurrar torturas nos teus ouvidos e esperar alguma reação tua. Espero, passo os dias esperando, que você nunca mais saia inerte de mim. Saia marcado por uma sensação boa que pode ser prazer ou afeto contente, numa coisa saudosa que não precisa buscar satisfação no passado (porque eu tô bem aqui).
“Te mandarei flores amanhã”. Será que meu porteiro vai fuxicar o cartão e se deparar confuso com um remetente masculino prum destinatário igualmente masculino? Eu filmaria a cena pra te arrancar uma risada gutural que combina bem com esse tamanho todo. Deixe que te envio flores noutro dia pra compensar a solidão da hora do trabalho, já que você fica sozinho, nessa relação homem-máquina estranha por 40h/semana. Me manda flores também e me deseja, vai. Me deseja de todas as maneiras, mas me deseja com afeto. Me deseja um bom dia e me tira os dentes da boca, me tira dessa sombra que me esconde quando bate a tristeza e a falta de você, rapaz.
Prometo diante de uma entidade desconhecida que isso é amor. É amor na barba, amor nos calos da mão, amor espelhado nos olhos que reprovam e eu nem ligo. Nem ligo porque sou teu porto e teu porre. Tua estrutura elástica que se adapta, feito camaleão, no contraste da tua pele. Tão amor-liquidificador que eu não saio inerte de você, nada sai inerte ou estável dessa minha vontade imensa de te fazer feliz. E tu lembra que já me mandou embora tantas vezes que a tua porta já tem as marcas de batida da minha mão. “Vai embora porque você me tem fácil demais”. Tua cama é moldada a mim, mas você tinha um medo descarado de se sentar à mesa com outro homem. Passou, como tudo passa um dia. Passou por mim e eu disse olá.

E nessa vontade que hoje me bateu, arrebatadora, de te dizer essas coisas todas, eu me lembrei de como eu também sou tão seu. Tão teu nos detalhes cotidianos que se a gente não parar a vida pra olhar devagar, vai parecer que a gente já tava grudado num berçário da vida. Já jogava futebol junto e ouvia um rock-não-tão-pesado-porque-eu-não-gosto-disso. “Será que a gente pode ir pra outro lugar?”. A gente foi e o tempo existe, e também as coisas mudam, você me diz. As coisas mudam e será mesmo que a gente mudou? Será que teve numerologia, tarot, astrologia, runas ou todas essas coisas de sorte que formataram a gente nesse futuro-presente que já passou? Será que teu amor e o meu eram predestinados, mesmo que a gente nunca acreditasse nisso? Balanço a cabeça e afirmo, conduzindo-te num passo de dança enquanto mostro a minha vida. Te faço sala, você é meu quarto. Meu diário-trancado-de-confissões que exprime e pede silenciosamente que seja cuidado, enquanto vulnerável.
Não faz assim, porque cócegas me tiram do sério e eu sou mais forte que você. Dos deuses da mitologia, sou uma mistura de Áries com Dionísio, e você é um Apolo-com-um-quê-de-Narciso, sem ter intenção nenhuma de ser Deus. Mundano, você acredita nas coisas todas daqui, da gente e o nosso amor se encontra em Vênus, prazer. Talvez a gente combine, talvez seja tudo um discurso inflamado pra te dizer que o importante é que as coisas mudam, sim, e a gente pode mudar um dia. E te peço pra não me mandar mais embora por medo, por isso te mando flores e um cartão confessando que eu continuo, sempre, sendo teu.

sábado, 7 de dezembro de 2013

Lilian Vereza

Ela nasceu na estação das flores, tem um perfume nos sonhos e muito mais pétalas do que raízes. Ela tem um jeito desajeitado de sentir alto, de ser muito, de estar o tempo todo de braços dados com o sorriso. Ela sabe de cor a pose que a liberdade faz, tem uma doçura nos pensamentos e um encantamento urgente por tudo que vem de dentro.Ela tem mira e tem o arco e a flecha na mão, mas o alvo, tantas vezes é uma miragem, uma armadilha da intuição. Mesmo assim ela acredita, é doce e inquieta, brinca de existir como quem não tem medo do abismo. Atravessa mares, olhares, faz pontes em corações partidos. Ela tem arte na veia, cor de pôr do sol e um coração vivido. Ela age por impulso, chora de tanto rir, brinca de fotografar a vida fazendo abrigo nos breves instantes de felicidade. Tudo que mora dentro dela é muito inteiro pra ser metade.

Kiss - Forever

http://www.youtube.com/watch?v=d_RKO5ozLVo&hd=1

Perfeitaaaaaa <3

Oswaldo Montenegro

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria para me aquietar o espírito.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Thaís Fernanda

Ela é sensível e tem um coração maior do que a razão. Ela ainda acredita nas pessoas e vive sendo enganada. Ela deseja, sente, é sincera e acredita que todos também são. Ela se sente cansada, exausta e diferente de todos, pois ela consegue ver o que os demais não conseguem. Ela ainda espera pela grande mudança que sabe que ainda irá acontecer. Ela dorme fazendo planos e acorda cansada ao ver que nada ainda faz sentindo algum. Ela reinicia e tenta quantas vezes for preciso, mas talvez não mais com a mesma agilidade e rapidez que antes. Com os anos ela aprendeu quando é chegada a hora e o momento de reagir ou de recuar. Ela se assusta com certos tipos de pessoas que conseguem falar de sentimentos e ao mesmo tempo serem tão frias e contraditórias. A sua sensibilidade ganhou um amadurecimento, uma evolução e isto a alerta sobre os danos que ela poderá vir a ter. Ela é intensa e gosta de se molhar na chuva, e por ser assim ela vai falar, ela vai fazer, mesmo que não seja o mais certo a se fazer. Ela é daquelas que não escuta ninguém além do seu próprio coração. Ela tenta não se ferir, mas é inevitável, pois qualquer palavra mal colocada ou mesmo que pequena que seja, será para ela como a palavra definitiva e mais verdadeira absoluta. Ela presta atenção nos detalhes e nada passa por ela por acaso. Ela faz acontecer, pois como ela enxerga além, provavelmente ela já estava esperando e preparada. Mas como cada um tem um ritmo e não são todos que tem a sua coragem... ela continua caminhando sozinha, entendendo muitas coisas e não compreendendo as pessoas...

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Marcely Pieroni Gastaldi

Ele me perdia gradativamente a cada dia e não se dava conta. Na cabeça dele eu estaria ali para sempre, segurando a onda e me fazendo de boazinha quando ele precisasse de um colo quente para desabar. Ele não entendia a minha necessidade maluca de viver intensamente cada segundo. Não conseguia compreender as razões que me fazia voar alto. Não entendia como eu era capaz de nutrir minha fé mesmo estando ali, naquele enredo carnavalesco inapropriado para quem quer construir alguma história. Não dava. Consideração e carinho também tem limites e ele não enxergava isso. Pra ele a ingenuidade me faria ficar ali, contando estrelas e desenhando corações soltos pelo ar. Ele me perdia por ser inconstante, por ser imaturo, por ser inconsequente. Me perdia por não perceber nos pequenos gestos o quanto lhe era dado. Me perdia por ser incapaz de ser alguém. Me perdeu, não viu, não sentiu. Talvez nunca entenda.