terça-feira, 10 de setembro de 2013

Banda Canal Da Graça ---- Anjo Guardião


:(

E tanto tempo terá passado, depois, que tudo se tornará cotidiano e a minha ausência não terá nenhuma importância. Serei apenas memória, alívio (...)

domingo, 8 de setembro de 2013

Ainda uma vez adeus -- Gonçalves Dias

                      I
Enfim te vejo! - enfim posso,
Curvado a teus pés, dizer-te,
Que não cessei de querer-te,
Pesar de quanto sofri.
Muito penei! Cruas ânsias,
Dos teus olhos afastado,
Houveram-me acabrunhado
A não lembrar-me de ti!
                      II
Dum mundo a outro impelido,
Derramei os meus lamentos
Nas surdas asas dos ventos,
Do mar na crespa cerviz!
Baldão, ludíbrio da sorte
Em terra estranha, entre gente,
Que alheios males não sente,
Nem se condói do infeliz!
                      III
Louco, aflito, a saciar-me
D'agravar minha ferida,
Tomou-me tédio da vida,
Passos da morte senti;
Mas quase no passo extremo,
No último arcar da esperança,
Tu me vieste à lembrança:
Quis viver mais e vivi!
                      IV
Vivi; pois Deus me guardava
Para este lugar e hora!
Depois de tanto, senhora,
Ver-te e falar-te outra vez;
Rever-me em teu rosto amigo,
Pensar em quanto hei perdido,
E este pranto dolorido
Deixar correr a teus pés.
                      V
Mas que tens? Não me conheces?
De mim afastas teu rosto?
Pois tanto pôde o desgosto
Transformar o rosto meu?
Sei a aflição quanto pode,
Sei quanto ela desfigura,
E eu não vivi na ventura...
Olha-me bem, que sou eu!
                      VI
Nenhuma voz me diriges!...
Julgas-te acaso ofendida?
Deste-me amor, e a vida
Que me darias - bem sei;
Mas lembrem-te aqueles feros
Corações, que se meteram
Entre nós; e se venceram,
Mal sabes quanto lutei!
                      VII
Oh! se lutei!... mas devera
Expor-te em pública praça,
Como um alvo à populaça,
Um alvo aos dictérios seus!
Devera, podia acaso
Tal sacrifício aceitar-te
Para no cabo pagar-te,
Meus dias unindo aos teus?
                      VIII
Devera, sim; mas pensava,
Que de mim t'esquecerias,
Que, sem mim, alegres dias
T'esperavam; e em favor
De minhas preces, contava
Que o bom Deus me aceitaria
O meu quinhão de alegria
Pelo teu, quinhão de dor!
                      IX
Que me enganei, ora o vejo;
Nadam-te os olhos em pranto,
Arfa-te o peito, e no entanto
Nem me podes encarar;
Erro foi, mas não foi crime,
Não te esqueci, eu to juro:
Sacrifiquei meu futuro,
Vida e glória por te amar!
                      X
Tudo, tudo; e na miséria
Dum martírio prolongado,
Lento, cruel, disfarçado,
Que eu nem a ti confiei;
"Ela é feliz (me dizia)
"Seu descanso é obra minha."
Negou-me a sorte mesquinha...
Perdoa, que me enganei!
                      XI
Tantos encantos me tinham,
Tanta ilusão me afagava
De noite, quando acordava,
De dia em sonhos talvez!
Tudo isso agora onde pára?
Onde a ilusão dos meus sonhos?
Tantos projetos risonhos,
Tudo esse engano desfez!
                      XII
Enganei-me!... - Horrendo caos
Nessas palavras se encerra,
Quando do engano, quem erra.
Não pode voltar atrás!
Amarga irrisão! reflete:
Quando eu gozar-te pudera,
Mártir quis ser, cuidei qu'era...
E um louco fui, nada mais!
                      XIII
Louco, julguei adornar-me
Com palmas d'alta virtude!
Que tinha eu bronco e rude
C'o que se chama ideal?
O meu eras tu, não outro;
Stava em deixar minha vida
Correr por ti conduzida,
Pura, na ausência do mal.
                      XIV
Pensar eu que o teu destino
Ligado ao meu, outro fora,
Pensar que te vejo agora,
Por culpa minha, infeliz;
Pensar que a tua ventura
Deus ab eterno a fizera,
No meu caminho a pusera...
E eu! eu fui que a não quis!
                      XV
És doutro agora, e pr'a sempre!
Eu a mísero desterro
Volto, chorando o meu erro,
Quase descrendo dos céus!
Dói-te de mim, pois me encontras
Em tanta miséria posto,
Que a expressão deste desgosto
Será um crime ante Deus!
                      XVI
Dói-te de mim, que t'imploro
Perdão, a teus pés curvado;
Perdão!... de não ter ousado
Viver contente e feliz!
Perdão da minha miséria,
Da dor que me rala o peito,
E se do mal que te hei feito,
Também do mal que me fiz!
                      XVII
Adeus qu'eu parto, senhora;
Negou-me o fado inimigo
Passar a vida contigo,
Ter sepultura entre os meus;
Negou-me nesta hora extrema,
Por extrema despedida,
Ouvir-te a voz comovida
Soluçar um breve Adeus!
                      XVIII
Lerás porém algum dia
Meus versos d'alma arrancados,
D'amargo pranto banhados,
Com sangue escritos; - e então
Confio que te comovas,
Que a minha dor te apiade
Que chores, não de saudade,
Nem de amor, - de compaixão.

Né?

quinta-feira, 5 de setembro de 2013



DIEGO E DANIMAR " SERÁ QUE É AMOR "


M.P.G

Não entendo essa vontade masoquista de procurar quem não está nem aí; de ligar para quem não quer ouvir uma voz; de se importar com quem vive criando (e dando) desculpa. É pedir para sofrer a toa não é não? Para de se anular, de ficar por aí mendigando atenção, implorando carinho, amor, afeto ou qualquer pedaço de atitude que seja. Não vale a pena. Não vale o esforço. Não compensa a madrugada em claro. Para. Quem quer faz as coisas acontecerem, não existem desculpas, atrasos ou razões que o impeça de tentar. É simples. E eu sei que lidar com isso dói, mas poxa, ao menos dói de uma vez só e não em doses homeopáticas compradas na farmácia da ausência do amor próprio. Chega. Se limita. Se respeita. Se valoriza. Para de procurar no outro o que te sobra. Para de aceitar migalhas de quem ainda não se encontrou. Para de atropelar. Não existe felicidade em cota gotas ou ela é completa ou não é. E cabe a você lidar com as frustrações que as emoções pequenas proporcionam. Que mania absurda é essa de achar que não vai haver enredo, que não vai haver encaixe. Sempre tem. Mas às vezes a gente precisa viver a felicidade sozinha também. Não adianta preencher uma vaga. Esquece. Não completa. Não soma. Só atrasa, camufla e desgoverna. Não tenha medo de errar, é só atropelando tudo que você vai se encontrar em equilíbrio consigo e com o meio. Errar faz parte do percurso e de quebra é o alicerce seguro para que tudo se ajeite outra vez. Não fuja das suas vontades, não abandone a sua intuição. Viva de acordo com as suas necessidades. O que não pode é viver contando com a esmola afetiva alheia. Se aceita, se faz feliz que todo o resto acontece

Mais uma opção de site para encontrar livros :)

https://apps.facebook.com/orelha_de_livro/?source=cafecomverso

Quem não gosta de um Abraço bem dado ;)

Knife --- Rockwell


Guilherme Ribeiro..

Algumas pessoas me deixam sem eu deixar,
Partem sem deixar um pedaço pra mim
E dói, mas passa como o remédio que passo e arde Prometendo parar de doer,
ou a dor de crescer que me estica
Com a promessa de me fazer ser adulto e a dor disso tudo parar.

Alguns somem e eu nem procuro e nisso eu sou sortudo
Pela arte de não me apegar,
Outras surgem, como a flor em meio a terra,
Como a paz em meio a guerra que surge e vai passar,
Mas é tão bom o tempo delas que oro para que elas permaneçam em seu lugar.
Pessoas são como a gente, gente embora frequentemente a gente finja não ligar,
Mas ligo
."

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Queen --- Love Of My Life

Bring it back bring it back,
Don't take it away from me,
Because you don't know
What it means to me.