quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

M.F

Ponderei que tudo o que temos neste mundo vem das coisas que perdemos.
Perdemos as ilusões a ponto de nos tornarmos humanos e sonhamos até perdermos a vida.
Perdemos oportunidades e lançamos dados sobre a mesa, dispostos a perder a dignidade.
Perdemos o medo e o pudor. Damos o corpo e a vida. Amamos e perdemos o medo de caminhar de mãos dadas pelas ruas.
Aprendemos a ripostar e perdemos amigos, perdemos lutas, perdemos o equilíbrio. E temos nas mãos um amor tão instável que se perde em nós, no medo de o virmos a perder.
Perdemos a noção das horas enquanto nos perdemos uns nos outros. Ou em conversas perdidas em emaranhados labirínticos de emoções.
Perdemos empregos. Perdemos amantes. Perdemos amores. Perdemos a vida. Perdemos a alegria de acordar de manhã e perdemos as lágrimas.
Perdemos o mundo. Perdemos o corpo. Perdemos a alma e perdemos a fé.
A ironia é que perdemos algo todos os dias da nossa vida - perdemos tudo até não restar mais do que poeira - e usamos o mesmo verbo que usaríamos para dizer que não sabemos onde estão as chaves de casa...

M.F

Um copo de morte, por favor!
Um sorriso do outro lado do balcão. Um sorriso pelos meus olhos vermelhos. Um sorriso pelo meu rosto molhado. O sorriso de quem sempre soube que pediria a morte como salvação de momento e não como pena a cumprir eternamente.
O líquido, cor de âmbar, ardeu ao percorrer-me a garganta. Sabia bem aquele travo a fim. Aquele sabor a não mais chorar. Aquele travo agridoce que pararia o meu coração, demasiado cansado de bater.
Podia ter-me arrependido. Podia ter sentido saudades de mim. Saudades de ti. Saudades do teu sorriso que jamais voltaria a estar do outro lado do balcão, pronto a servir-me a morte.
Tudo o que senti foi a calma de poder encontrar a paz além do teu sorriso trocista.
Bebi um copo de morte para fechar os olhos à alma. Porque a minha alma estava quebrada. Sangrava sempre, invisível aos olhos dos cegos que usam apenas o olhar para distinguir o que é físico.
E a minha alma não tinha nada de imortal!
O teu sorriso matou-me a alma naquele copo de morte que apenas me parou o coração.
- Um copo de morte e a conta…
Pousei a cabeça sobre os braços e sorri. Estava feliz. E os teus olhos brilharam antes de chorarem. Antes de servires a ti mesmo um copo da mesma morte à qual me condenaste muito antes de sorrires.

Marina Ferraz

M.F

Quero que me ames mas, quando me amares, fá-lo pelos meus olhos, pelos meus lábios, pelas minhas palavras, ditas ou pensadas, pelos meus segredos, pelo meu corpo, pelo meu modo de agir, pela minha personalidade. Quando o fizeres, fá-lo porque gostas de mim.
Não me ames por pena, não te aproximes se quiseres partir, não lutes contra ti mesmo para estares comigo. Não te magoes nem brinques com o que sinto, não me fales para virares costas às minhas respostas, não me procures para me abandonares.
Ama-me pelo que sou, pelo que achas que tenho de bom, pelo que posso partilhar… não o faças pelo que os outros dizem de mim.
Ama-me pelo que de mim conheces, pelo olhar que te dedico, pelos poemas que te escrevo ou que escrevo por escrever e julgas que são teus.
Ama-me por amar, ama-me sem motivo, ama-me porque o queres fazer.
Mas não venhas ter comigo como um sacrificado em direcção à morte, não me abraces desejando ter outra pessoa em teus braços, não me beijes se não forem os meus lábios os que sentes. Não me tentes amar! Ama-me ou não, mas faças o que fizeres, não o faças pelo que eu sinto, não o faças por pena de mim, não me enganes mais.
Porque maior do que a dor de não me amares é a dor de saber que se vieres virás infeliz, ficarás infeliz e me culparás pela tua infelicidade.
Ama-me, sim! Ama-me porque quero muito que me ames mas, peço-to: ama-me só se o que sentires por mim for, de facto, amor!

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

M.F


A dor trilha um qualquer caminho dentro desta alma infame que ama demais. E eu aproximo-me da janela e olho a noite. Quem me dera que o meu coração tivesse esta calma tardia que restou no final de tudo. Porque a noite é o que resta de um dia que já foi e já não é... e a dor é a noite que me resta após o fim de tudo o que foram os meus dias.
O sofrimento entrenha-se nos meus sonhos e não me deixa dormir! É uma eterna insónia na qual apenas a memória de um amor entra pela porta e vem de mansinho abraçar-me.
E eu estou profundamente sozinha olhando a noite nesta insónia em que não dormir é o que menos custa.
Quantos fantasmas existem para lá desta janela? Onde estás tu, meu amor?
Eu não sei! Não sei se esta dor que caminha pela minha alma e me invade os sonhos algum dia irá embora, deixando-me finalmente entregue ao vazio.
Eu não sei... mas já não importa!

M.F


Vejo-me atravessar a noite qual fantasma triste, vagueando sem destino nem vontade. Não sou melhor nem pior do que um dia fui... estou simplesmente vazia. Despida de vida, despida de amor, despida de todos os sonhos, mesmo dos que já realizei.
E atravesso a noite. Os meus pés, ao tocarem o chão, fazem ecoar o passado. Renascem tantas vozes dos meus passos... e eu ouço-as vibrando dentro de todo o meu vazio.
Não tenho sombra nem esperança. Não há luz para que as tenha... há apenas a noite da noite que atravesso e um corredor que não leva a lado algum.
E, qual fantasma deambulando pelos sonhos alheios, fico imóvel e olho em redor. Não sei se procuro o teu rosto ou se me certifico de que o não vejo. Vazio, sempre este vazio...
Não foi assim que imaginei os sonhos! Imaginei que, em algum momento ias chegar e eu já não ia ser apenas um fantasma taciturno vagueando nas noites de tristeza; aquelas noites que não amanhecem e que ficam dentro desta alma, acorrentando-me ao chão frio de não saber o que vem amanhã. Imaginei que ia sorrir mas fazê-lo com todo o sentido. Sorrir de verdade, com aqueles sorrisos que não esmorecem e que ninguém rouba.
Mas vejo-me atravessar a noite fria, passando pelos mais frios penhascos e pelos corredores mais vazios de uma vida sem vida. E, num momento de desespero, vejo-me, qual fantasma, saltar sem medos para o precipício, desejando mais do que tudo um fim para esta farsa à qual ainda há quem chame vida.
E acordo dos meus sonhos. Não sou já um fantasma mas não julgo ser mais...
Ficou para trás o penhasco e o corredor e até os mil sonhos dos meus sonhos. O vazio, esse velho amigo de todas as horas, continua aqui!


Hoje não sou ninguém!
Morri para o mundo enquanto sonhava sonhos proibidos.
Foi tão simples, tão estranho, um sonho apenas! Tu chegaste e deste-me a mão, disseste o quanto gostavas de mim e caminhamos mão na mão junto àquele mar que na sua fúria acalmou a minha e então, passeando naquela praia, ouvindo o murmúrio do vento na sua canção triste de lamuria, pareceu-me ouvir um aviso como se alguém, no imenso céu carregado de nuvens escuras me avisasse que algo ali não estava bem. Olhei para ti e sorri-te mas não me devolveste o sorriso e então, a medo, olhei para trás e vi: marcadas na areia estavam as minhas pegadas mas não as tuas e, quando te voltei a olhar, desejando ardentemente que ali estivesses, também não estavas, tinha sido ilusão...
A chuva começou a cair como que para me esconder as lágrimas e eu chorei, sem vergonha de chorar, sem medo de alguém ver, tudo porque tu não estavas e eu queria que estivesses, queria sentir a tua mão na minha.
Aos poucos, também as minhas pegadas foram sendo apagadas pelo mar e eu morri por dentro. Por isso hoje digo que morri, que não sou nada, ninguém, uma leve brisa que não sopra, um poema por escrever porque sem ti estou incompleta, porque sem ti não sei ser eu mesma, porque sem ti não sei qual o sentido da vida...
Hoje acordei e olhei a janela. A manhã estava calma e o sol de Verão brilhava insistentemente do outro lado da janela apesar de eu já lhe ter pedido para dar lugar às chuvas de Outono.
Cá dentro sentia o mesmo vazio de ontem e do dia anterior, a mesma angústia do último mês, a mesma dor de sempre. Mesmo assim o novo dia teimara em surgir.
Espreguicei-me e cumpri a já sagrada rotina, sem nada de novo ou emocionante.
Vesti as primeiras calças de ganga que apanhei e a T-shirt que tinha ficado no cimo da gaveta, sem sequer reparar se estava bem ou não, olhei penosamente para a mochila, desejando ardentemente que as aulas já tivessem começado, ocupando a minha cabeça com algo mais do que certezas arrebatadoras e cruéis.
Passo o dia em correrias desenfreadas, andando a maior parte do tempo de um lado para o outro, fingindo-me ocupada para me convencer a mim mesma de que o cansaço constante em que me encontro tem razão de ser e volto para casa, taciturna, desolada e perdida, em busca de um pouco de conforto.
O caderno, em cima da secretária, já não me inspira nem me chama. Limita-se a ficar ali, à espera que um dia eu volte a ser quem era e tenha finalmente vontade de escrever romances que, ao contrário da minha vida, acabam sempre bem…
Deito-me na cama e desato a chorar todas as lágrimas reprimidas durante o dia. Não posso chorar à frente de ninguém, só o posso fazer no meu solitário quarto, onde sei que ninguém me irá procurar, até porque ninguém quer saber.
Depois de chorar horas a fio, sinto-me inútil e humilhada, como se aquelas lágrimas não fossem apenas um desabafo.
Entretanto, sinto medo. Tudo à minha volta me assusta, qualquer ruído, qualquer sombra, qualquer movimento e eu fico ali, aterrada e julgando-me louca.
Acabo por adormecer e estou tão cansada que nem sei se sonho ou não. Já não ligo aos sonhos, perdi a vontade de os lembrar, perdi a vontade de acreditar neles.
Só sei que na manhã seguinte vou acordar e achar que fui forte por ultrapassar todos os medos sozinha no meu quarto e por me proibir de chorar junto aos outros.
A verdade, a terrível verdade, é que amanhã quando acordar e vir o sol brilhar do outro lado da janela, vou ter vontade de chorar outra vez e vou sofrer de novo.
Mas, enquanto durmo, quem sabe se não peço um pouco de chuva para poder chorar lá fora, sem ninguém se aperceber!

Marina Ferraz

Não entendo o que se passa comigo...
Tenho o rosto molhado e o coração dorido, as mãos frias e as palavras inacabadas a tentarem sair pelos meus lábios fechados.
Vou dizendo que amanhã as coisas vão ser diferentes e desejando, num silêncio mais velado, que não exista esse amanhã...
Procuro no céu o tom de azul que antes via e no mar a tranquilidade que perdi, procuro na serra o aroma doce do passado e nas estrelas uma visão menos negra do futuro.
Vou andando por aí, sem saber exatamente por onde devo seguir e vou seguindo pelos caminhos mais fáceis mesmo que esses pura e simplesmente não sejam os melhores para mim.
Já não me importa onde vou parar. Sou como um rio, a seguir um curso que não defini, a ser um mero fantoche do destino e a deixar cada dia passar por mim como um dia igual a todos os outros, sem nada de emocionante ou que valha a pena revelar.
Eu estou cansada! Tão cansada que ás vezes quero desistir, tão cansada que nem sempre sei se este esforço vai ser recompensado... tão cansada que o cansaço me tolda os sentidos e me faz trazer no rosto uma expressão tão vazia que já nem sequer revela a tristeza que sinto.
Uma vez na vida gostava de seguir pelo meu caminho e de não me deparar com um beco sem saída, gostava que todo este labirinto fosse dar a um lugar meu conhecido e que esse lugar não estivesse envolto em trevas.
Mesmo assim eu aguento e sigo, como se valesse a pena fazer as coisas desta maneira.
Não sei o que espero alcançar, não sei se espero alguma coisa... limito-me a estar confusa e perdida, sem saber quem sou, onde vou ou o que quero fazer!

Ela tinha sonhos e, quando fecha os olhos, ainda consegue ver parte do que antes sonhou. Consegue recordar os sorrisos verdadeiros que surgiam no seu rosto e o modo simplista como encarava a vida e todas as coisas do mundo.
Agora, no entanto, ela está triste. Tudo à sua volta são ruínas de um passado que parecia sólido como uma muralha e que, estranhamente, desabou como um castelo de areia.
Ela está sozinha e sente-se ainda mais sozinha do que está mas, ainda assim, força um sorriso...
Só que ela já não aguenta mais esta tristeza que se prolonga desde há demasiado tempo e ela precisa de ir embora, de desaparecer, deixar todo um passado para trás e começar de novo, num lugar qualquer...
Ela só quer ser feliz com o que antes tinha e acha que não está a pedir demais mas, ainda assim sente-se incapaz de o ser porque, pelo caminho teve um pedaço de paraíso e, quando lhe tiraram o chão debaixo dos pés, ela caiu no mais fundo dos abismos, cercada de tudo o que nunca quisera conhecer.
Mas, ainda assim, de coração partido e rosto molhado, ela vai seguindo, enquanto sente tudo a abandoná-la porque ela sabe que se olhar para trás vai encontrar memórias suficientemente boas para a ajudar a sobreviver mesmo no meio de toda essa tristeza...

Marina Ferraz -- Mentir assim


O meu coração pediu-me para te dizer que não te ama, que já não precisa de ti, que deseja ardentemente que nunca mais te aproximes para me tocar a alma com as pontas insensatas dos dedos.
Ele falou, alto e bom som, gritando comigo como se eu não pudesse entender-lhe a brutalidade das palavras num sussurro. E disse-me, amargurado e triste, que cumprisse aquele que seria o seu último desejo.
O meu coração pediu-me para te dizer para seguires, para me esqueceres porque ele também te esqueceu. Pediu que te indicasse a porta de saída, com um dedo imperativamente apontado para os confins da Terra.
As suas palavras seguiram-se da explicação lógica de que nunca mais me faria sofrer, desde que cumprisse o seu desejo e te dissesse as palavras duras que ele gritava.
O meu coração pediu-me para te dizer que foste a pior coisa que me aconteceu. Que os sorrisos que me deste não valeram a pena porque não foram tantos quanto  as lágrimas vertidas. Pediu-me para te dizer que arruinaste tudo aquilo que tocaste em mim e que me transformaste numa cínica arrogante que já não acredita no amor ou em contos de fadas.
Pediu-me para me afastar de ti, se tentasses tocar-me e para te interromper de forma brusca caso tentasses formular um pedido de desculpas.
Sim. O meu coração pediu-me para te dizer que já não significas nada, que nunca significaste nada e que o amor, se é que era amor, morreu para sempre. Honestamente, não sei aonde é que ele aprendeu a mentir assim.

Dançar na rua --- Marina Ferraz


Deixa-me dançar na rua, ao som do infinito e na solidão das pessoas cujos rostos não me marcaram a vida e cujos nomes não sei.
Quero dançar.
Quero dançar mesmo que o faça com passos desleixados e que não gostes de me ver fazê-los, vez após vez, numa coreografia despida de sentido.
Hoje é por mim.
Deixa-me dançar na rua, ao som de uma vida de promessas irreais e de uma realidade fria e crua, que promete eternidades de vazio.
Quero dançar com o vento. Essa dança milenar que percorreu o mundo e ancorou na alma de quem sabe que existe uma música constante nos ecos da nossa dor.
Deixa-me dançar. Deixa-me dançar uma valsa de sentidos, enquanto o mar brame e o céu chora e as pessoas passam sem notar.
O que importa? O que importa uma alma cheia de sonhos numa vida vazia de tudo? O que importa uma voz doce entre os silêncios do amor?
Vou dançar na rua. Como se o mundo acabasse amanhã e eu tivesse medo do que vem depois. Porque eu tenho medo! Medo da ausência e do silêncio e da desistência e do adeus...
Mas não tenho medo de dançar na rua. Nem tenho vergonha de o fazer...
Por isso, deixa-me dançar na rua, enquanto não puderem prometer-me que não preciso de ter medo da ausência, do silêncio ou do adeus. Deixa-me dançar na rua até alguém dançar comigo uma dança rumo à eternidade de um amor maior. Uma dança rumo à concretização de cada sonho.
Deixa-me dançar na rua...

Quero-te-- Marina Ferraz

Quero-te. Quero-te numa dimensão do verbo querer que ainda não foi escrita.
 Numa dimensão de necessidade por explorar, por saber, por pensar.
 A forma como te quero é uma equação sem resultado. Uma teoria nunca dita.
 Uma estrela ainda por nascer nos confins do Universo, ainda por descobrir.
Quero-te. Quero-te bem. Quero que o teu "bem" seja melhor. Que supere a mortalidade. 

Que supere todas as divindades do mundo. Quero-te feliz como nunca ninguém foi. 
Quero-te a sorrir como dizem ser proibido. Quero-te.
 Quero-te na dimensão indefinida do que não é explicável nem certo nem coerente.
Quero-te. Quero-te de uma forma tão louca que supera a loucura.

 De uma forma tão sã que supera a sanidade. 
De uma forma tão completa que supera o insuperável.
Quero-te à distância de um beijo. Quero-te nos confins da Terra.

 Quero-te no centro do Mundo.
 Quero-te onde quiseres estar ou onde não quiseres,
 caso o destino manobre as tuas rotas para te fazer chegar aonde sei que podes ir.
Quero-te. Quero-te na miséria da felicidade que só têm os loucos.

 Quero-te na fortuna do sucesso que só têm os bons.
 Quero-te com tudo aquilo de que precisas para que nunca,
 jamais, tenhas de abdicar de nada que ames.
Quero-te, mas entende: não para mim. 

Quero-te para o Mundo, quero-te para a felicidade, 
quero-te para o que há de maior e melhor no universo.
Quero-te como se quer a magia.

 Como se quer o horizonte ou a utopia alada de uma vida eterna. Quero-te.
Não espero que entendas. Não espero que ninguém entenda. 

Não espero sequer entender um dia. Tudo o que sei é que te quero. 
Que te quero com um sorriso que não esmoreça,
 com um olhar que brilhe,
 com uma felicidade que ninguém possa roubar e que nenhum contratempo esbata.

Na Paz --- Orlando Morais


Pe Fábio de Melo

Como é bom a gente ser amado por pessoas 
que não se cansam de nós. 
Como é bom a gente ser olhado por pessoas
que sabem esperar pelo tempo 
que a gente precisa pras coisas,
porque só quem espera sabe conquistar.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Cristina Pilan Oliveira

Amor em luar...
Minha alma clama em saudade...
Sinto falta de suas carícias.
Mago de meus sonhos.
Apareceu em uma lua cheia.
Deixou meu coração crescente em desejo.
Meu corpo mingua em carência...

Espero-o em meu quarto
sempre crescente em paixão.
Que magia terá se utilizado ?
Velas cor de rosa ?
Meu nome escrito em mel e flores ?
Apenas sinto-me deliciosamente atormentada.
Quero acariciá-lo a todo instante...
Deixar que a lua nova de meus lábios,
cresça nos seus.

Meus instintos de feiticeira, estão
levando-me a tomar insensatas atitudes.
Também vou enfeitiçá-lo.
Entre clareiras de grandes árvores...
Minhas lágrimas e meu coração
no altar dos sacrifícios.

Meu canto a atraí-lo...
Nossos corpos em alquimia,
unidos em sublime sentimento...
A lua cheia emitindo raios em confirmação.
Magia crescente de amor...

Clarice Lispector

Meu Deus, me dê a coragemMeu Deus, me dê a coragem
de viver trezentos e sessenta e cinco dias e noites,
todos vazios de Tua presença.
Me dê a coragem de considerar esse vazio
como uma plenitude.
Faça com que eu seja a Tua amante humilde,
entrelaçada a Ti em êxtase.
Faça com que eu possa falar
com este vazio tremendo
e receber como resposta
o amor materno que nutre e embala.
Faça com que eu tenha a coragem de Te amar,
sem odiar as Tuas ofensas à minha alma e ao meu corpo.
Faça com que a solidão não me destrua.
Faça com que minha solidão me sirva de companhia.
Faça com que eu tenha a coragem de me enfrentar.
Faça com que eu saiba ficar com o nada
e mesmo assim me sentir
como se estivesse plena de tudo.
Receba em teus braços
meu pecado de pensar. 


Eu Te Quero


Te quero dormindo
a sonhar feliz
Te quero sorrindo
sorrindo pra mim
E qual um menino
te quero chorando
ao me ver infeliz.

Te quero sozinho
e apaixonado
Te quero terno
e enciumado
E qual namorada
te quero muito
no instante que passa.

Neste instante
em que estou sozinha
louca e apaixonada
Neste instante
em que estou pensando
intensamente calada.

Neste instante que passa
que passa longo
eu seria tua escrava.
Neste instante te quero
mas não vens
na minha estrada.

Quem Foi


Quem foi que me fez sonhar
o sonho inconfessável,
viver o que só a mente sabe viver,
despido de lógica, de caminho,
de existência, de sentido ou sinais?

Quem foi que me soltou as amarras,
me lançou em ânsias,
numa vontade suprema,
entregue sem restrições
às ondulações serenas
e às rebentações furiosas
deste luminoso mar interior?

domingo, 24 de fevereiro de 2013

A um menino --- Gonçalves Dias

I
Gentil, engraçado infante
Nos teus jogos inconstante,
Que tens tão belo semblante,
Que vives sempre a brincar,
- Dos teus brinquedos te esqueces
À noitinha, - e te entristeces
Como a bonina, - e adormeces,
Adormeces a sonhar!

II
Infante, serão as cores
De várias, viçosas flores,
Ou são da aurora os fulgores
Que vem teus sonhos doirar?
Foi de algum ente celeste,
Que de luzeiros se veste,
Ou da brisa é que aprendeste,
Que aprendeste a suspirar?

III
Tens no rosto afogueado
Um qual retrato acabado
De um sentir aventurado,
Que te ri no coração;
É talvez a voz mimosa
De uma fada caprichosa,
Que te promete amorosa,
Algum brilhante condão!

IV
Ou por ventura és contente,
Porque no sonho, que mente,
Fantasiaste inocente
Algum dos brinquedos teus!. . .
Senhor, tens bondade infinda!
Fizeste a aurora bem linda,
Criaste na vida ainda
Um’outra aurora dos céus.

V
O som da corrente pura,
A folhagem que sussurra,
Um acento de ternura,
De ternura divinal;
A indizível harmonia
Dos astros no fim do dia,
A voz que Mêmnon dizia,
Que dizia matinal;

VI
Nada disto tem o encanto,
Nada disto pode tanto
Como o risonho quebranto,
Divino - do seu dormir:
Que nada há como a Donzela
Pensativa, doce e bela,
E a comparar-se com ela...
Só de um infante o sorrir.

VII
Mas de repente chorando
Despertas do sono brando
Assustado e soluçando...
Foi uma revelação!
Esta vida acerba e dura
Por um dia de ventura
Dá-nos anos de amargura
E fráguas do coração.

VIII
Só aquele que da morte
Sofreu o terrível corte,
Não tem dores que suporte,
Nem sonhos o acordarão:
Gentil infante, engraçado,
Que vives tão sem cuidado,
Serás homem - mal pecado!
Findará teu sonho então.


Delírios de Amor

Hoje a vida de mim se aproxima,
desnuda, no olhar que pede amor...
De joelhos adoro a visão de tudo que sonhei...
E na mão trêmula trago a dor dessa espera...
Meu espírito insano na procura de liberdade...
se perde na ilusão de simplesmente imaginar...
Com que palavras direi o quanto lhe tenho amado...
Com que carinho retribuirei a troca de teus sonhos
por apenas me ver sorrir...
Entregue me sinto nos braços do destino...
Aqui sozinha me lembro que nada era além de
uma pobre existência...
Vieste como quem nada quer, e de minha história
restaram apenas as lembranças de um tempo...
No silêncio dessas paredes me revelo a tua luz,
e na face trago estampada a dor de viver sem você...
Me acolha em teu peito para que vivamos...
Nem que o dia se apague na eterna noite,
deixarei de estar sempre com você.

Gabriel Chalita

‎"Gosto muito de ler poemas. Gosto mais de lê-los do que ouvir um poema declamado. Quando você lê um poema, ele se torna seu. Você é o condutor das palavras, ritmando-as e enfatizando-as na cadência do seu sentimento e das lembranças que cada palavra tem o poder de fazer revelar." 

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Jeremias 33:3

"Clame a mim e eu responderei e lhe direi coisas grandiosas e insondáveis que você não conhece." 

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Drika Khamyadri

 O ser humano é um eterno insatisfeito, vive correndo atrás do vento
pensando que um dia vai pegar o arco-ires com as mãos... 
Acha que vai encontrar a perfeição; e não se dá conta no que deixa para trás nesta corrida absurda dentro do tempo...
simplesmente porque ninguém é perfeito; e acaba por sofrer perdas irreversíveis,
tudo porque queria correr atrás da felicidade e não se deu conta que ela estava bem na sua frente!

Tiê-Eu só sei dançar com você


Clarice Lispector

"Sonhe com o que você quiser. Vá para onde você queira ir.
Seja o que você quer ser, porque você possui apenas uma vida e nela só temos uma chance de fazer aquilo que queremos. Tenha felicidade bastante para fazê-la doce. Dificuldades para fazê-la forte. Tristeza para fazê-la humana. E esperança suficiente para fazê-la feliz."

=)

;)

Tati Zanella

"Tem gente que é APAIXONANTE, dá vontade de ficar sorrindo só de olhar, de abraçar e não soltar, de dar a mão e caminhar, de ter do lado só pra não perder o costume de AMAR!!"

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Ju Fuzett

"Seja você com todos os seus defeitos, com tuas neuras, com teus pesadelos e aprenda a manejar a felicidade, trabalhando teus sonhos na vida real, colocando em prática a arte de se apegar nas pessoas que te acolhem, que estão ao seu lado, apesar do seu mau-humor repentino, apesar das incertezas, dos percalços. Esteja com aqueles que te olham por dentro sem se importar com o que você carrega no bolso, no banco, no cofre ou na mão."

“Sabe qual é meu problema? É acreditar sempre nas pessoas, é não saber dizer não quando é preciso. É sempre perdoar as pessoas que me machucam. É sorrir quando estou triste por dentro, é chorar por pessoas que não merecem e amar quem não merecia ser amado.
É sempre dar uma segunda chance, para alguém que não merecia nem a primeira. É tentar ser a melhor pessoa do mundo, é tentar ajudar a todos ao mesmo tempo, e esquecer de mim mesmo. Meu problema está nas menores coisas possíveis, mas que sempre me machucam muito, e parece que eu nunca aprendo.”

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Simony Thomazini

"E eu peço desculpas, mas não vou mudar. Não vou me desculpar por ser estranha, explosiva, às vezes fria, exagerada, dramática, teimosa e milhares de defeito que vieram junto comigo ao lado de minhas qualidades. Não ligo. A vida trata de selecionar quem merece estar ao meu lado. Dizem que quando alguém te ama, ama até esse nosso lado insano."

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Lya Luft

"Às vezes é preciso recolher-se. O coração não quer obedecer, mas alguma vez aquieta; a ansiedade tem pés ligeiros, mas alguma vez resolve sentar-se à beira dessas águas. Ficamos sem falar, sem pensar, sem agir. É um começo de sabedoria, e dói. Dói controlar o pensamento, dói abafar o sentimento, além de ser doloroso parece pobre, triste e sem sentido. Amar era tão infinitamente melhor; curtir quem hoje se ausenta era tão imensamente mais rico. Não queremos escutar essa lição da vida, amadurecer parece algo sombrio, definitivo e assustador. Mas às vezes aquietar-se e esperar que o amor do outro nos descubra nesta praia isolada é só o que nos resta. Entramos no casulo fabricado com tanta dificuldade, e ficamos quase sem sonhar. Quem nos vê nos julga alheados, quem já não nos escuta pensa que emudecemos para sempre, e a gente mesmo às vezes desconfia de que nunca mais será capaz de nada claro, alegre, feliz. Mas quem nos amou, se talvez nos amar ainda há de saber que se nossa essência é ambiguidade e mutação, este silencio é tanto uma máscara quanto foram, quem sabe, um dia os seus acenos."

Madre Teresa de Calcutá

‎"Não importa o quanto te ataquem. O que importa é a sua doação incondicional à energia viva do amor. Quanto maior a doçura, maior é o incômodo para os que se alimentam de fel. Não importa o que te doem, doe o que possui dentro de você. Apenas seja você mesmo com autenticidade e transparência. Para os que têm olhos e coração puros, você é um bálsamo. Para os outros, você é espinho. A liberdade e a leveza são alcançadas onde há o amor. O amor constrói. E o amor se basta..."
Sinto uma vontade inevitável de expor meus descontentamentos em voz alta,
minhas decepções, minhas amarguras...
E mesmo assim, espero que você goste de mim.
Sinto necessidade de desabafar sobre as minhas raivas,
meus tropeços, minhas imperfeições...
Sinto o impulso de responder à altura tudo o que me incomoda,
o que me faz reagir contra a dor,
e mesmo assim, espero que compreenda que ainda existe algo leve em mim...
Algo que possa ser considerado,
que o faça entender que existe aqui dentro, na minha alma, 

uma mistura de bem e mal,
que não estou disposta a renunciar,
que eu não consigo apagar do meu peito,
e que às vezes desequilibra o meu viver...
Mas mesmo assim, não abro mão de querer ser eu,
repulso a obrigação de ter que me arrepender...
Tudo o que sinceramente almejo,
é que você me aceite assim,
desse jeito enfim...
Um furacão e por vezes nuvem clara,
pois só assim, serei feliz por fim...

Perto de mim,
eu gosto de gente doce,
gente que sorri,
gente que chora igual criança,
gente ingênua como a infância...
Adoro sinceridades educadas,
atos desprovidos de interesses,
verdades que vêm de dentro da alma...
Todo o resto é fruto de dentes amargos que sorriem por obrigação,
é hipocrisia cotidiana de gente que não se entrega,
de gente que pensa apenas no seu próprio espelho,
de gente com energia pouca e sem brilho...
Eu gosto é de gente sábia,
que conquista pessoas,
que faz amigos,
que ajuda com a força das suas próprias mãos ...
Não me interesso por gente artificial, que finge viver instantes de beleza,

 quando o que deseja mesmo, é que tudo se transforme em escuridão.
Eu quero ser cristalina até a minha partida, se Deus me permitir, é claro...
Desejo afastar toda a fumaça que me impeça de ser assim durante a minha caminhada..
.

E eu , ser humano, que sou tão vulnerável, não consigo perceber a minha própria fragilidade...
E nem sou capaz de compreender, que só me resta esperar da vida, aquilo que sempre me esqueço no dia a dia...
Força, oração e solidariedade.

Surpreendo-me no instante em que me vejo cobrando de alguém um pouco mais de carinho e amizade.
Todos nós sentimos isso algum dia...
Na verdade ninguém é obrigado a nos doar o coração.
E aí chega aquele momento em que cansamos de insistir, e, então, passamos a cobrar tais sentimentos apenas dentro de nós, 
uma espécie de ressentimento não exposto...
Entretanto, quando a dor do desprezo passa, o desvalor também chega em nós como um remédio que cura,
e o apreço que um dia fora tão importante,
já não nos faz mais falta alguma...
É a vida nos ensinando que mais importante que gostar de alguém, é acolher aquelas pessoas que realmente nos amam.

E o que importa o que passou ?
O que interessa se um dia não fomos felizes? 
Entendo que não há como extirpar da cabeça nossos traumas , nossas frustrações, mas,
guardarmos momentos irremediavelmente difíceis na alma, é como valorizar
peças melancólicas de museu, que não possuem qualquer relevância...
Insistimos em mantê-las como troféus de pedra , impregnados de sofrimento, e que não servem muito, mas acabamos por arquivar na alma sem saber explicar o porquê.
Eu suponho que servem apenas para amadurecermos, e, depois, merecemos seguir em frente, sem prendermos nossos pés em correntes de ferro, que nos impedem de viver.
Quebrem suas correntes...
O prazo para usufruirmos de uma vida simples e feliz não é muito longo...
Então, talvez devêssemos procurar nos instantes pequenos algum motivo para sorrir,
Para demonstrar amor,
aprender a perdoar,
inventar novos ofícios,
criar novos sonhos...

Tenho um explosivo dentro do meu peito
e posso causar um grande tumulto, eu sei...
Mas acredite,
se o meu calor acabar,
é sinal que já não há mais o que fazer...

Caetano Veloso -- Mimar você...



E se tiver que escolher entre falar o que te incomoda ou guardar tudo na sua garganta,
sugiro que não pense duas vezes...
Livre-se de tudo imediatamente,
jogue fora todas as pedras importunas,
porque se você decidir engoli-las,
poderá perder a oportunidade de curar o que faz doer o seu coração.

Tati Bernardi

“Sensível pra cacete, maldosa na mesma intensidade, feliz de andar cantando e depressiva de nunca achar que uma janela é só uma janela. E cheia de manias bem estranhas… Eu sou sim a pessoa que some, que surta, que vai embora, que aparece do nada, que fica porque quer, que odeia a falta de oxigênio das obrigações, que encurta uma conversa besta, que estende um bom drama, que diz o que ninguém espera e salva uma noite, que estraga uma semana só pelo prazer de ser má e tirar as correntes da cobrança do meu peito. Que acha todo mundo meio feio, meio bobo, meio burro, meio perdido, meio sem alma, meio de plástico, meia bomba. E espera impaciente ser salva por uma metade meio interessante que me tire finalmente essa sensação de perna manca quando ando sozinha por aí, maldizendo a tudo e a todos. Eu só queria ser legal, ser boa, ser leve. Mas dá realmente pra ser assim?”

Al Bano & Romina Power -- Tu Soltanto Tu (Mi Hai Fatto Innamorare)


Al Bano & Romina Power -- Quando Un Amore Se Ne Va


Senhor!
Dá-me a esperança, leva de mim a tristeza e não a entrega a ninguém.
Senhor!
Planta em meu coração a sementeira do amor e arranca de minha alma as rugas do ódio.
Ajuda-me a transformar meus rivais em companheiros, meus companheiros em entes queridos.
Dá-me a razão para vencer minhas ilusões.
Deus! Conceda-me a força para dominar meus desejos.
Fortifica meu olhar para que veja os defeitos de minha alma e venda meus olhos para que eu não cometa os defeitos alheios.
Dá-me o sabor de saber perdoar e afasta de mim os desejos de vingança.
Ajuda-me a fazer feliz o maior número de possível de seres humanos, para ampliar seus dias risonhos e diminuir suas noites tristonhas.
Não me deixe ser um cordeiro perante os fortes e nem um leão diante dos fracos.
Imprime em meu coração a tolerância e o perdão e afasta de minha alma o orgulho e a presunção.
Deus! Encha meu coração com a divina fé...
Faz-me uma pessoa realmente justa.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Coldplay -- Fix You


I Won't Give Up -- Jason Mraz

Postada e aprovada ( gostou ? ) rs

Jacques Douglas

Existe em mim, assim silenciosa
A esperança de que um dia eu encontre
na amplidão do teu sorriso,
a satisfação plena de um sentimento,

E isto me desperta
para este grande vazio,
que preencho diariamente
com minhas palavras
e encontro apenas
o eco das minhas vontades e desejos,
dos teus silêncios
e das minhas verdades...

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Fernanda Mello

"Porque viver é ser. E eu sou, meu Deus do céu, eu sou...
Meio desajeitada, meio apressada, meio abusada, mas sou." 
´¯`•.¸.✳

Tati Bernardes

Só que aí eu acabei mudando. E foi mudança aos poucos, porque até hoje me dou conta de coisas minhas que já não estão mais lá e, quem roubou, eu jamais vou saber. O sorriso mudou e a vontade de sorrir pra qualquer pessoa também, graças a Deus. Foi por sorrir tanto de graça que eu paguei tão caro por todas as coisas que me aconteceram.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Clarice Lispector


"Sou composta por urgências. Minhas alegrias são intensas
minhas tristezas, absolutas.
Me entupo de ausências, me esvazio de excessos.
Eu não caibo no estreito, eu só vivo nos extremos.
Eu caminho, desequilibrada, em cima de uma linha tênue
entre a lucidez e a loucura.
De ter amigos eu gosto porque preciso de ajuda pra sentir,
embora quem se relacione comigo saiba que é por conta-própria e
e auto-risco.
O que tenho de mais obscuro, é o que me ilumina.
E a minha lucidez é que é perigosa ...
Se eu pudesse me resumir, diria que sou irremediável!"

Pe. Fábio de Melo

"...No meu caminho o abraço é apertado,
o aperto de mão é sincero, por isso,
não estranhe a minha maneira de sorrir....
Por isso, não estranhe se eu te abraçar bem apertado,
mesmo que seja só em pensamento...Se eu me emocionar
com a sua história, se eu chorar junto com você.Afinal
de contas, somos gente e gente que fez a opção pelo bem.
É assim que eu enxergo a vida, e é só assim que eu acredito que valha a pena viver.Viver com emoção...Com verdade.''