sexta-feira, 27 de março de 2015

Marcely Pieroni Gastaldi

Vontade nula de seguir protocolos. Sem contar a facilidade que eu tenho de intensificar demais as coisas e acabar dificultando tudo por pura estratégia de sobrevivência ao acaso que ultimamente só me coloca em ciladas. Eu nunca fecho a porta da minha vida. Embora muitas pessoas não enxerguem dessa forma. Não crio labirintos ou me escondo no alto de uma torre, ao contrário, estou sempre de all star branco com o jeans desbotado e o cabelo preso num coque rápido enquanto o óculos justifica o olhar mais sério. Sou acessível as pessoas. Não me escondo em fantasias nem visto máscaras. Não me obrigo a fingir enredo para despistar os meus finais nada felizes ou as cicatrizes que ainda arranham o meu coração. Sou uma sobrevivente de fiascos e expectativas naufragadas que agora pisa no freio e ao mesmo tempo no acelerador quando tem vontade de ousar. Sou permissiva aos erros, mas me proíbo de errar duas vezes no mesmo personagem. Histórias que se embolam nunca desenrolam de forma satisfatória e estou numa fase de descomplicação. Posso até estar mais chata que o normal e mais observadora, mas chega um momento na vida da gente que não se pode mais tapar o sol com a peneira. É você por você mesmo e isso de certa forma equilibra tudo o que já deu errado. Não são os manuais que nos fazem amadurecer, são as tentativas erradas que nos forçam a crescer.

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