segunda-feira, 23 de março de 2015

Marcely Pieroni Gastaldi.

Tirar um tempo pra mim envolve certa necessidade de aprofundar assuntos que tenho tentado deixar pra depois. Não estou fugindo de nada, só tenho tentado ganhar tempo para digerir o que ficou pela metade. Eu sei que o tempo não para e que a vida não perdoa, mas sou justa com o coração que também não esquece de uma hora pra outra. Tenho tentado dar tempo ao tempo e enquanto tudo isso não se resolve vou brincando de dar vida a tudo o que acredito. Há meses que tenho sido mais corajosa e mais disposta, destemida talvez. Antes eu cogitava demais o próximo passo. Não saltava sem antes ter certeza que todas as rotas estavam devidamente traçadas e eu estava amparada por um plano B, C e D se fosse o caso. Custei a entender que no improviso a vida floresce melhor e decidi tirar o pé do acelerador. O silêncio ecoa todas as verdades que a rotina abafa diante dos seus barulhos ensurdecedores. E por isso o tenho evitado. Está tudo alinhado dentro dos pensamentos, embora eu não tenha resposta pra muita coisa ainda, o necessário para colocar uma pedra e ir eu tenho. Só não estou pronta para assinar esse roteiro que arranhou o meu coração por inteiro.

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