terça-feira, 26 de fevereiro de 2013


Hoje não sou ninguém!
Morri para o mundo enquanto sonhava sonhos proibidos.
Foi tão simples, tão estranho, um sonho apenas! Tu chegaste e deste-me a mão, disseste o quanto gostavas de mim e caminhamos mão na mão junto àquele mar que na sua fúria acalmou a minha e então, passeando naquela praia, ouvindo o murmúrio do vento na sua canção triste de lamuria, pareceu-me ouvir um aviso como se alguém, no imenso céu carregado de nuvens escuras me avisasse que algo ali não estava bem. Olhei para ti e sorri-te mas não me devolveste o sorriso e então, a medo, olhei para trás e vi: marcadas na areia estavam as minhas pegadas mas não as tuas e, quando te voltei a olhar, desejando ardentemente que ali estivesses, também não estavas, tinha sido ilusão...
A chuva começou a cair como que para me esconder as lágrimas e eu chorei, sem vergonha de chorar, sem medo de alguém ver, tudo porque tu não estavas e eu queria que estivesses, queria sentir a tua mão na minha.
Aos poucos, também as minhas pegadas foram sendo apagadas pelo mar e eu morri por dentro. Por isso hoje digo que morri, que não sou nada, ninguém, uma leve brisa que não sopra, um poema por escrever porque sem ti estou incompleta, porque sem ti não sei ser eu mesma, porque sem ti não sei qual o sentido da vida...

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