sexta-feira, 10 de abril de 2015

_ Fabíola Simões _ Do texto "Quadrilha"

Acredito que na mesma vida temos a possibilidade de reencontros para a finalização de ciclos. Nem sempre os reencontros são com as mesmas pessoas. Podem ser vivências que voltam para lhe ensinar num momento em que você está mais preparado para lidar com elas.
Estar pronto pode levar algum tempo, mas você tem que aceitar essa nova chance_ quem sabe camuflada de nova dor_ para crescer.
Aquilo que foi muito duro pra você da primeira vez, que causou tanta dor que lhe fez negar pra sobreviver; aquilo que você fingiu que não aconteceu e seguiu parecendo forte; o relacionamento que te arrasou e de alguma forma lhe transformou ou criou uma blindagem; uma perda muito dura; uma traição muito grande: uma decepção sem limites; a amputação de uma parte _ física ou não; a incapacidade de se entregar, de amar; a falta de coragem de se declarar; os afetos mal resolvidos; as relações incompletas; a ausência que você causou ou nunca conseguiu superar; o perdão negado.
De repente, num dia de sol, sem muito o que fazer ou pensar, a vida promove o reencontro com sua própria história _ o caracol se abrindo_ e lhe dá novas oportunidades de lidar com aquilo que lhe foi mais duro, difícil e caro.
Coincidências não existem. Encare isso como prova de fé, de reconciliação, até justiça ou mesmo sorte. São providências _ divinas_ para fechar ciclos. Nem sempre com os mesmos atores coadjuvantes, mas certamente com você no papel principal...

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