segunda-feira, 29 de julho de 2013

Marcely Pieroni Gastaldi

Eu estava ali, quieta no meu canto... Não sei se pensava demais ou se sonhava acordada. E eis que ele vem, com o sorriso mais doce do mundo e me apresenta de forma simples uma nova maneira de ver a vida. Estava apta a sentir tudo, queria me aventurar, queria sentir a brisa tocar o meu rosto num fim de tarde qualquer, eu queria viver tudo aquilo que sempre tive vontade e nunca consegui viver. E o convite veio com ele. Abracei o novo, deixei levar, aceitei conhecer o incerto e gostei. Gostei da companhia, gostei da bagunça de sentimentos que brotava ali dentro de mim. Me senti criança conhecendo o mundo pela primeira vez. Incrível era a sensação de liberdade. E eu estava feliz. Estava em paz.Ali me dei conta de que estava crescendo, as decepções não estavam mais doendo tanto. Eu conseguia lidar comigo outra vez. E como era gostoso gargalhar a toa. O novo fascinava. Era engraçado e estranho ao mesmo tempo. Confiar e partilhar com alguém o que havia ficado escondido e não sentir vergonha de ser mal interpretada. Eu estava segura. E isso era bom demais. Naquele dia voltei com a bagagem mais leve, o peso se perdeu no caminho de volta para casa. E isso não incomodava. Eu estava em paz. Agindo como uma adolescente maluca, mas que agora sabia o valor de seus atos mas ainda assim estava vislumbrada outra vez. Sorri e senti a tal brisa daquele fim de tarde. O irônico é que ainda sinto. Sinto algo novo, confuso... Mas decidi sentir. Sem culpa, sem neuras, sem crises e sem piração. Apenas sentir. Sentir no novo a certeza de que algo mudou e isso não assusta, ao contrário faz bem. É... o começo de algo bom? Talvez.... 

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