quinta-feira, 22 de setembro de 2011

O que passou não volta mais

Quem é que continua a buscar a mesma rua?
Quem é que sonha e não se machuca?
São tantas as perguntas, resultados de dúvidas.
Escuto sempre a mesma música.

Agora sai e me atrai, diz isso e muito mais,
Volta e vai, não sabe o que faz, só quer um pouco de paz..
Ei você é demais, você me satisfaz.
Menino bobo, menino incapaz .

Motivo para piada, assunto sem graça, me beija, me cala.
Só vem e me fala, tá calma, me abraça, sem tempo, sentado na praça.
E conhece o destino, não o seu mas o de seu amigo, que ela matou por
instinto.
Ironia da lembrança, são tantas que me cansa.

Ele corre e me alcança, num palco ele dança.
Me chama e me ama.
A noite passa, a noite é uma criança.

Nasce o que é de errado, por mim ele esta apaixonado,
Mas se sente magoado, por não me ter ao seu lado.
Ele é um mago, que entrou no meu quarto por acaso,
Escolheu o seu caminho, escolheu errado.
Agora me perco e não me acho,
Se esse é um sonho não se o que faço, movimentos não pensados.
Me alimento do meu passado e ele come o que já foi mastigado,
Tenta me explicar, não sabe o que falar.
Fico sem pensar, o sonho não sabe pensar, então aonde ele esta?
Não sei, não consigo me achar, ele me pega e me leva e faz o que se
chama amar.

Lembro e relembro, foi em setembro e vou vê-lo em dezembro.
É pouco tempo, mas ele alimenta o meu pensamento,
Não penso em casamento, não sei os dez mandamentos,
O que quero eu não agüento, é muito forte, mais que o vento,
Que passa detento, é um amor que cada dia eu aumento,
É um amor que não termina, é um amor que não encontra rima.

Eu que agora estou perdida, eu que estava na saída e ti vi na
avenida,
Passou calado, fiz daquele momento um retrato, que guardei no meu
quarto.
Te dei um abraço, tornou-se um laço, que não desato, que é exato.
Te amo menino chato, te amo e não te acho e me encontro num riacho,
Vendo o rua, vendo a lua, fico nua, me entrego sou tua,
Só agora, só por algumas horas, faz o que quero e vá embora.

Te usei e não me acusei, sei que errei,
O que você teve eu não ti dei.
Meu corpo é parte, o prazer o reparte.
Não me aguarde, já é tarde,
Não vou sentir saudades, vá e me deixe a vontade.

Você pensava que eu era a sua metade,
Desculpe, mas isso não é verdade, não me completaste.
Se me quis foi por me amar, se não te quero não posso me obrigar.


Vai, vai e não volte nunca mais
O que passou não volta mais
Em nenhum momento eu te achei demais, foi engano, nada de mais.
Vai e me deixe em paz, você me perturba e me faz.
Cátia Siqueira Taboada

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