Quando imploro para que te aquietes?
Por que fazes de minha alma um espelho
em que eu me olho, mas que a ti refletes?
Não sou surdo aos teus apelos
Nem desprezo tua dignidade
Sou apenas displicente com teus zelos
Devido a minha impulsividade
Negas que não me escutas, e justificas-te de maneira tal?
Quem julga seres para tratar-me assim?
Não vês que és para mim uma arma mortal
Que pode, casualmente, determinar meu fim?
Não sejas definitivo e desrazoável
Pois de tua vida, dependo eu aqui...
O que não podes é tolerar o inevitável
... a força que exerço sobre ti!Ingrato!
Mimo a ti com sonhos e esperanças
Com ternura e até amor
E tu, rebelde como uma criança
Vives a brincar, sem nenhum pudor
És cego e obstinadamente covarde
Pois não assumes tua própria condição
Negas com loucura a chama que em mim arde
Rejeitas, debilmente, a força da paixão...
Hás de consumir-te em tristeza somente
Por negar-te o direito da emoção
E hás de perambular, inutilmente
Combatendo o teu próprio coração...
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